Fazenda estima alta de 2,4% para o PIB em 2025 e segue vendo estouro da meta de inflação

  • 19/05/2025
(Foto: Reprodução)
Governo estimou que o IPCA deverá somar 5% neste ano, ficando acima, novamente, do teto do sistema de metas, que é de 4,5%. O BC tem informado que é preciso desacelerar a economia para conter as pressões inflacionárias. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda informou nesta segunda-feira (19) que elevou de 2,3% para 2,4% sua previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2025. A expectativa de um crescimento maior da economia acontece mesmo em um cenário de juros altos, com a taxa básica da economia atualmente em 14,75% ao ano para conter o crescimento da inflação. Esse é o maior patamar em quase 20 anos. Copom eleva taxa básica de juros para 14,75%, o maior nível em quase 20 anos "A revisão está relacionada à maior expectativa de crescimento no primeiro trimestre e ao aumento esperado para a produção agropecuária no ano. Após aceleração da atividade no primeiro trimestre na margem, o PIB tende a desacelerar, ficando próximo da estabilidade no segundo semestre", informou o Ministério da Fazenda. Mesmo revisando para cima a projeção para o PIB, o resultado, se confirmado, representará desaceleração frente ao ano passado - quando a economia cresceu 3,4%. A projeção do Ministério da Fazenda para o ritmo da atividade está acima do mercado financeiro, que prevê uma expansão de 2,02% neste ano. Somente no primeiro trimestre deste ano, a estimativa do governo é de um crescimento de 1,6%, "repercutindo, principalmente, o forte crescimento esperado para a produção agropecuária". Já paro ano de 2026, a equipe econômica estimou um crescimento do PIB de 2,5%, enquanto os economistas dos bancos veem uma alta de 1,7%. O Banco Central tem informado que é preciso desacelerar a economia, ou seja, que o ritmo de crescimento seja menor, para conter as pressões inflacionárias. Nesta segunda-feira, o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, informou que faz sentido que o Banco Central mantenha taxas de juros em um patamar elevado, chamado de "mais restritivo" no jargão técnico, por um período mais prolongado de tempo. Inflação não está caindo no Brasil e no mundo no ritmo desejado por economistas Getty Images via BBC Inflação Já para o crescimento da inflação, o Ministério da Fazenda revisou sua projeção de 4,9% para 5% em 2025. Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, deve subir na comparação com o ano passado, quando avançou 4,83%. Ao estimar um IPCA de 5%, o governo confirma que a meta de inflação deverá ser novamente estourada neste ano. Desde o início de 2025, quando entrou em vigor o sistema de meta contínua, o objetivo é de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%. "No cenário considerado, a redução na inflação passa a ser observada de maneira mais regular apenas a partir de setembro", informou o Ministério da Fazenda. Segundo o Ministério da Fazenda: Para 2026, a projeção de IPCA se manteve relativamente constante, avançando de 3,5% para 3,6%, dentro do intervalo da meta de inflação, mas ainda acima do objetivo central de 3%. De 2027 em diante, o governo espera convergência da inflação ao centro da meta. "Para países da América Latina, a imposição de tarifas [pelos EUA e China] pode ajudar a reduzir pressões inflacionárias. O excesso temporário de produção de bens na China, a queda nas cotações de 'commodities' e o enfraquecimento do dólar podem auxiliar a reduzir pressões inflacionárias nesses países, compensando efeitos adversos que a imposição de tarifas comerciais nos EUA e China podem gerar em cadeias de suprimento", avaliou o Ministério da Fazenda.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/05/19/fazenda-estima-alta-de-24percent-para-o-pib-em-2025-e-segue-vendo-estouro-da-meta-de-inflacao.ghtml


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