Em novo round pela dominância das redes, líder do Centrão ataca Comunicação de Lula, que responde
09/07/2025
(Foto: Reprodução) Em entrevista ao Em Ponto, Ciro Nogueira, presidente do PP, diz que governo fez campanha desleal contra o Congresso e insinuou irregularidade na relação com agências de Comunicação; "Não sei se é má-fé ou desespero” responde Sidônio Palmeira. Ciro Nogueira ataca Comunicação de Lula, que responde
A disputa pelo comando da narrativa nas redes sociais, estabelecida entre expoentes do centrão e aliados do governo Lula desde a derrubada do decreto que ampliava a alíquota do IOF, ganhou um novo capítulo.
Em entrevista ao Em Ponto nesta quarta-feira (9), o senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas e padrinho político do presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB), atribuiu à Secretaria de Comunicação da Presidência a responsabilidade pela enxurrada de vídeos com fortes críticas ao Congresso.
O senador chamou o episódio de "uma campanha desleal do governo!". Ele ainda chegou a dizer que poderia estimular uma CPI para apurar as críticas ao Parlamento.
"E olha, eu estou alertando aqui para o escritor do governo. Essas agências que recebem recursos não aguentam a quebra de sigilo em uma CPI. Não aguentam a quebra de sigilo que vai pegar dinheiro para esses influenciadores que estão fazendo essa campanha. Estou avisando isso com muita antecedência."
'"Essas agências que recebem recursos não aguentam a quebra de sigilo em uma CPI", disse Ciro Nogueira
Jefferson Rudy/Agência Senado
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Sidônio Palmeira, reagiu. E sem baixar o tom.
"O senador Ciro Nogueira tem lugar de fala. Parece mais um porta-voz do BBB: das bets, dos bancos e dos bilionários. Não sei se age por má-fé ou por desespero", disse Sidônio. "Depois de espalhar tantas mentiras e falsas acusações, inclusive na condição de ministro do Bolsonaro, agora decidiu fazer o mesmo com a comunicação [do governo Lula]", disse.
O novo embate acontece horas depois da primeira reunião entre integrantes do governo Lula e a cúpula do Congresso desde a derrubada do IOF.
A reunião teria servido apenas para "nivelamento" das expectativas de parte a parte. E começou com os ministros avisando que Lula não recuará da defesa jurídica de seu decreto no Supremo.
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