Backstreet Boys faz show histórico no The Town para plateia que só queria saber de hits

  • 13/09/2025
(Foto: Reprodução)
Público faz coro para cantar ‘No one else comes close’ com Backstreet Boys A intensa relação dos Backstreet Boys com o Brasil ganhou seu capítulo mais emocionante nesta sexta-feira (12) de The Town. Cantando para um Autódromo de Interlagos abarrotado de fãs, com expectativa de até 75 mil pessoas, eles se apresentaram para o maior público deles no Brasil. GALERIA: FOTOS do terceiro dia GALERIA: FOTOS de famosos no terceiro dia Em 30 anos de carreira, o quinteto tocou em estádios, depois ginásios, voltaram aos estádios e agora foram pela primeira vez headliners de um grande festival por aqui. Não seria uma surpresa se eles pintassem no line-up do Rock in Rio do ano que vem. O grupo privilegiou o álbum “Millennium” (1999), que completou 25 anos em 2024 e ganhou uma turnê. Além do disco clássico, eles tentaram intercalar seus maiores hits com músicas que bombaram menos (para os padrões da banda). A plateia dominada por mulheres de 30 a 40 anos cantou alto hits como “Larger than life”, que abriu o show, e a catártica “I want it that way”. Elas também vibraram com os vários discursos, principalmente o que Nick disse que o Brasil era a casa deles e que eles sempre se lembram do carinho que o país tem por eles. Backstreet Boys se apresentam no The Town 2025 Fábio Tito/g1 Mas o óbvio aconteceu. Longe da grade, tomada por fãs que cantavam tudo, o público se dispersou em canções lançadas depois de 2001, como “Siberia” (2005). Lados B do famoso disco também foram recebidos com certa frieza, como “More than that” e “Don't want you back”. Sem a estrutura e a parafernália embasbacantes dos shows da residência em Las Vegas, na Sphere, um dos espaços mais modernos do mundo, o grupo teve que segurar a apresentação no gogó e nos passos de dança. A diferença em relação ao Backstreet Boys da velha guarda, imortalizado em tantos clipes clássicos, é que agora as coreografias são mais econômicas. A exceção é o fim com “The Call” e “Everybody”. No geral, a fama de bons cantores é justificada, mesmo com os problemas de saúde de Brian Littrell. Ele contou que lida com uma rouquidão causada por tensões nas cordas vocais, distúrbio com o qual foi diagnosticado em 2011. Aos 50 anos, explicou que a recuperação está “em andamento”. Na hora de conversar com o público, fica clara a dificuldade que ele tem para usar a voz. Se parar para pensar bem, o show é como um enorme meet and greet, em alusão às ações promocionais nas quais fãs pagam para interagir com o grupo. Não há banda tocando ao vivo. Não há grandes pirotecnias ou efeitos especiais. Não há novos arranjos. Mas há uma pausa para receberem um disco de platina comemorando as vendas do álbum “Millennium” e para posarem com representantes da gravadora Sony. Tudo isso acontecendo e a gente ali na plateia, esperando eles resolverem voltar a cantar. Enfim, os cinco estão ali para oferecer nostalgia, uma noite para todos relembrarem quando viam clipes do Backstreet Boys na MTV. Mesmo com certas limitações, a apresentação foi um reconhecimento da música pop adolescente dos anos 1990 e 2000 como parte essencial da cultura pop, e uma consagração de um estilo que resistiu às chacotas do passado. De quebra, a apresentação bateu uma marca indesejável para fãs de música pop. Pela primeira vez em quase 25 anos, uma boy band foi a atração principal de um grande festival brasileiro. Nos anos 1990, boy bands eram ridicularizadas, diante do auge do rock nu-metal e rap rock de bandas como Limp Bizkit, que transformaram esse desprezo em “rebeldia”. Em festivais como o Woodstock 99, o preconceito se manifestava, refletindo uma cultura que valorizava agressividade masculina e olhava com desdém para artistas com público mais feminino. O mesmo tipo de reação voltaria a se repetir com a saga “Crepúsculo”. No Brasil, as boy bands enfrentaram resistência para entrar em line-ups. Em 1991, o Rock in Rio recebeu o New Kids On The Block e sofreu críticas. No Festival de Verão de Salvador em 2000, o Westlife cantou sem alarde. Em 2001, o Rock in Rio teve seu dia mais “pop” com direito a NSYNC, mas nunca uma boy band voltou ao evento. Parece que o jogo virou. Arte/g1 VÍDEOS The Town 2025: 3º dia

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/the-town/2025/noticia/2025/09/13/backstreet-boys-faz-show-historico-no-the-town-para-plateia-que-so-queria-saber-de-hits.ghtml


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